TIM

Olá caros  leitores viajantes!

Já havia lido este livro em 1985, como não lembrava mais da história resolvi ler novamente. Foi maravilhoso, uma história ímpar de profunda delicadeza e sensibilidade. Todos somos capazes de amar e ser amado, um sentimento que vai muito além da linha do horizonte, um sentimento que ultrapassa barreiras, preconceitos e medos.

"...e olhou para o próprio reflexo no espelho sem alegria ou tristeza, nem mesmo grande interesse: O espelho era de boa qualidade e a reprodução da sua imagem era verdadeira, sem melhoramentos ou distorções."

Está passagem logo de inicio me intrigou e me fez refletir sobre a representação do espelho na vida da personagem Mary Horton. Sim, será que ela vive num mundo a parte, em que só ela vê o que quer ver? Será que ela vê realmente o que passa além da própria imagem ou está presa a sua imagem distorcia? Vive de ilusão, de uma falsa felicidade de um comodismo natural. Será que ela se permite ser olhada por outro?

Mary Horton - "Considerava-se totalmente satisfeita consigo mesma e com sua vida. Gozava de pequenos luxos que apenas o dinheiro proporcionava, mantinha-se fiel a si própria tanto no trabalho quanto em casa, não tinha amigos, com a exceção de cinco mil livros que recobriam as paredes do seu aposento particular..."

Colleen é magistral, com uma simplicidade contagiante nos encanta do começo ao fim. Ela consegue colocar de forma sutil, as dificuldades do dia a dia , vínculos familiares , amizades e todo preconceito em uma visão do amor terno e delicado.
  
Cena do filme Tim - 1979 - Mel Gibsom e Piper Laurie
"A pequenina ruga do lado esquerdo de sua boca ficou mais pronunciada; era o trágico palhaço de todas as comédias, é o amante indesejado, o cuco no ninho da cotovia."

"Tim não era capaz de mascarar seus sentimentos, nunca aprendera a manter as suas feições serenas; as emoções ficavam evidenciadas umas após outras..."

Tiro minhas conclusões que a vida é simples, mas tendemos a complica-la . Tim na sua inocência nos mostra com grande clareza o belo , o simples, mas o outro tem que estar aberto para ver e aceitar este modo fácil e mágico de viver.

Recomendo esta viagem pelo mundo de Tim.


Filme - 1979

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